
As pesquisas referentes ao primeiro turno das Eleições 2010 apresentaram resultados muito distantes dos alcançados, o que gerou uma preocupação e um espanto dos eleitores. Será que estamos diante de uma manipulação de dados?
O Ministério Público Federal está investigando os institutos de pesquisas e as pesquisas divulgadas. A indignação e a decepção com a nossa política se tornam cada vez maior. Uma vez queos próprios candidatos já denunciaram que estão usando pesquisas fajutas para influenciar o voto do eleitor, principalmente no interior, qual é o verdadeiro objetivo das pesquisas?
Elas começaram a serem divulgadas bem antes das eleições e foram responsáveis por influenciar muitos votos. Agora a questão é, em que momento as pesquisas beneficiam os eleitores? Partindo do princípio de que o voto é secreto, não deveríamos saber em quem a maioria da população irá votar, isso não interessa.
Na realidade o que interessa e foi pouco divulgado são as propostas dos candidatos a cargos eleitorais. O voto deve ser extremamente individual e pessoal, não é algo que deve ser decidido coletivamente ou de acordo com o que a maioria quer. É algo que deve condizer com o que você quer.
O engraçado é que as pesquisas se valem da mídia, que teoricamente é um instrumento que reflete a liberdade de expressão, para induzir a opinião dos eleitores, atitude completamente anti democrática. Essa informação chega às casas das pessoas, que começam a mudar de ideia, de acordo com os resultados estimados.
Chega o dia da votação e saem os verdadeiros resultados. A conclusão é chocante: as pesquisas erraram, e erraram feio. As pesquisas para a Presidência apontam erros acima dos dois pontos, para cima ou para baixo nas margens de erro, que superestimaram a performance da candidata Dilma Rousseff (PT) e subestimaram especialmente a candidata Marina Silva (PV). Até o candidato eleito para o cargo de senador por São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) estava fora da disputa, de acordo com as pesquisas. Além desses, tiveram muitos outros erros.
Os analistas e os próprios institutos apontam vários motivos para os erros das pesquisas, como as metodologias de que, por serem restritas ou focarem em grupos e regiões específicas, não captam com exatidão as preferências eleitorais do país.
Mas de qualquer maneira, é necessário que o eleitor reflita sobre a diferença que a existência das pesquisas eleitorais faz para ele. Será que é mais importante conhecer os candidatos ou saber quem está na frente?
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