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2010-12-14

Brasil ocupa 53° no Pisa

Por Jussara Caetano
Na última semana foi publicado o resultado do Pisa 2009 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que busca medir o conhecimento de alunos com 15 anos de idade nas áreas de leitura, matemática e ciências de países membros e não membros da OCDE (Organização para cooperação e desenvolvimento econômico).


O Brasil ocupa o 53° lugar entre os 65 países participantes. O foco este ano foi a leitura, requisito que o Brasil teve uma leve evolução na nota de leitura passando de 396 em 2000 para 412 em 2009. O país ainda foi o que apresentou o terceiro maior desenvolvimento na década entre os participantes.


No dia 7 de dezembro o jornal francês Le Monde publicou um artigo que ressaltava os problemas enfrentados pela educação no Brasil, mostrando que apesar de melhorar seu índice no Pisa ainda existem problemas a serem resolvidos com crítica ao governo Lula sobre os investimentos em educação.


Entre os fatores que agravam a péssima situação da educação no país o jornal destaca a falta de professores formados nas respectivas áreas que atuam. Na questão do ensino superior o destaque foi para a quantidade de universidades privadas que não para de crescer, privilegiando camadas sociais mais altas.


Apesar do bom desempenho no Pisa 2009, a realidade educacional do país é degradante, existe uma enorme taxa de analfabetismo e educação de qualidade é elitizada. Nos últimos anos o crescimento de faculdades com baixo custo que oferecem uma formação de baixa qualidade, esse crescimento é conseqüência da educação básica deficiente e da exigência do mercado de trabalho.

2010-12-11

Dica de Vídeo

Por Pedro Moutropoulos

Um dos criadores do blog "Falha de S. Paulo", Lino Bocchini fala sobre o processo judicial que ele e seu irmão, Mario, estão sofrendo por parodiar um dos maiores jornais do país.
A entrevista foi realizada por André Bontempo, Guilherme Zocchio e Pedro Moutropoulos, para a disciplina de Videojornalismo II.


2010-12-10

Bicicletas e Carros

por Rafael Albuquerque

Contando com entrevista exclusiva da videoreporter Renata Falzoni, os problemas da convivência no trânsito da cidade de São Paulo são postos em xeque.
Reportagem produzida por André Biernath, Felipe Khouri, Lucas Martinez e Rafael Albuquerque.

Não perca!

30 anos de morte, 30 anos revivendo-o


Por Silvia Kiefer


Amanhã se encerra a semana que completou 30 anos da morte de um dos mais polêmicos e complexos artistas da modernidade. John Lennon, fundador da maior banda de rock de todos os tempos, foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, pelo fã ao qual deu seu último autógrafo e o qual declarou que nunca mais seria esquecido após acabar, precocemente, com a vida do músico que se tornou o ícone da luta pela paz, durante a Guerra do Vietnã, e pela justiça social.


Ativista político, foi perseguido pela CIA por um longo período. Era fonte de preocupação do presidente Nixon que temia as consequências que as atitudes de Lennon poderiam trazer para a imagem de seu governo. Nesta época, John fez ecoar pelo mundo o refrão de Give Peace a Chance ( http://www.youtube.com/watch?v=acb15JsCGSk ), que incomodou bastante os líderes da guerra. O "soldado da paz", que se apresentou no lendário concerto de 1972, em Madison Square, Nova York, deixou uma legião de fãs que, junto com ele, tinham esperanças de construir um mundo melhor.

John Lennon se engajou mais intensamente quando se uiniu à Yoko Ono, a artista plática japonesa que foi o grande amor de sua vida e que realizou, ao seu lado, além da busca pela fama na convivência com os Beatles, grandes composições e protestos por uma sociedade igualitária. O relacionamento do casal foi tão intenso e a obsessão de John pela mulher, tamanha, que atrapalhou, ainda mais, o compromisso do artista com a sua banda, o que já não caminhava bem há algum tempo, e fez com que ele inserisse, em seu sobrenome, o da esposa, tornando-se John Ono Lennon. "Eu comecei a banda, eu acabei com ela. É simples assim. Quando afinal tive culhões para dizer aos outros três... Eles sabiam que era pra valer. Sem dúvida me senti culpado por avisá-los de modo tão abrupto. Afinal, eu tinha Yoko; eles tinham apenas uns aos outros".

Mesmo depois do fim dos Beatles, John continuou tendo sucesso e mostrando a qualidade de suas produções, que envolviam sentimento próprios, amor, angústias, tristezas e traumas familiares, como Mamma Don't Go e Daddy Come Home. A infância do músico de Liverpool foi bastante conturbada, pois envolveu o seu abandono pelo pai, a morta da mãe e a descrença da tia no potencial do garoto. Os momentos de desabafo ao compôr definiram o caráter de Lennon como narcisista. Característica esta, que se opôs ao estilo de Paul McCartney que era mais subjetivo e não necessariamente falava de si ao produzir suas canções.

Frente ao sofrimento pelo qual passou John, e frente a tantos questionamentos que fazia, procurou respostas em tudo. Foi seguidor de gurus, usou todos os tipos de drogas e, em suas músicas, propôs alternativas a um mundo que, em sua cabeça estava "de pernas para o ar". A famos Imagine (http://www.youtube.com/watch?v=-b7qaSxuZUg&feature=list ) é um grande exemplo disso.

O ex-Beatle, que comemorou nesta quarta feira seu 30º aniversário de grandes memórias, ganha cada vez mais fãs, e de todas as idades. Seu legado é inconfundível, inesquecível, e um dos principais, se não for o principal, marcante dos movimentos de contra-cultura da segunda metado do século XX.

O site da revista BRAVO! ( www.bravonline.com.br ) está com um "especial John Lennon" dentre seus assuntos recentes, em função da revista dedicada ao artista, que foi publicada em novembro. Vale à pena conferir e assitir aos vídeos da história do artista em todas as fases da sua carreira.



Encontre causas sociais pela rede social

Por cultura cidadã

A mais nova rede social, Jumo, criada por um dos co-fundadores do Facebook, Chris Hughes, quer conectar pessoas a causas e movimentos sociais que proponham mudanças positivas para o mundo. A intenção é tornar mais fácil conhecer iniciativas espalhadas por vários lugares que tenham objetivos comuns.

Com funcionalidades semelhantes às do Facebook e do Twitter, o Jumo permite que o usuário não apenas descubra uma série de movimentos, campanhas e ONGs atuantes em suas áreas de interesse, mas também os siga pela ferramenta, acompanhe suas ações, curta as iniciativas mais interessantes e compartilhe informações com seus amigos. Ainda é possível opinar sobre a atuação dos projetos, contribuir com conhecimentos e ideias e até mesmo doar dinheiro para as causas que desejar.

As ONGs e projetos interessados em participar do Jumo podem criar uma página na rede, como acontece no Facebook.

Jumo, que na língua africana Yoruba, significa “juntos em concerto”, foi idealizado por Hughes, após o terremoto que atingiu o Haiti, em janeiro deste ano. Isso porque, na ocasião, a mobilização mundial usou a internet como um ponto de encontro de diferentes iniciativas de todas as partes do globo.

A invenção ainda divide opiniões. Há os que dizem que Jumo não traz nenhuma mudança significativa ao papel que as redes sociais já vêm desempenhando, e outros que defendem que a aproximação entre os internautas e as instituições tem o poder de catalisar ações online e offline.
Polêmicas à parte, antes de entrar em funcionamento, a rede social já contava com 66 mil usuários registrados no início de novembro e, em seu primeiro dia no ar, agrupava mais de 3.500 organizações, como grupos ambientalistas e ativistas de direitos humanos. Para fazer parte do Jumo, o usuário precisa ter uma conta em outra rede social bem conhecida de Hughes, o Facebook.

Conheça o Jumo

2010-12-07

COP 16

Por João Ricardo Moreira


Acontece nessa semana em Cancún, México, a 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecido também como COP 16. E um dos principais assuntos discutidos na reunião desse ano é o Protocolo de Kyoto e sua restrição às emissões de CO2. Países como Japão, Rússia, Canadá e Austrália defendem o retrocesso, sendo claramente a favor do fim imediato do Protocolo.

Chefes de estado e ministros de inúmeros países repetem a mesma cena de encontros anteriores: muitas negociações, chantagens, jogos políticos e cara de pau. E o real motivo para todos estarem ali (o Meio Ambiente) reunidos sendo preterido em prol de um interesse muito maior, como acelerar o desenvolvimento sem ser atrapalhado pelo Meio Ambiente.

Isso mesmo! Você não leu errado. A preocupação de todos que estão ali é como podem competir economicamente no cenário mundial sem que a natureza seja um empecilho para tal. Quando, na verdade, o pensamento deveria ser de como desenvolver as nações sem prejudicar o Meio Ambiente.

Países como China, Brasil e alguns integrantes da União Européia são mais "bonzinhos" do que os países "radicais" que defendem o fim imediato do compromisso. Sugeriram uma nova fase do Protocolo, mais maleável e permissível, possibilitando o crescimento dos países em desenvolvimento, adotando novos níveis de emissão de CO2.

Peraí, né!!! Quando se imagina que a onda verde e consciente que está empurrando a sociedade ao redor do mundo vá atingir também aqueles que governam, esses "assassinos da Terra" dão mais um passo em direção à sua destruição.

Bom, felizmente não é só toda essa babaquice que continua marcando esses encontros. Os protestos e atos em frente ao local das reuniões continuam cada vez mais criativos e a todo vapor, incomodando, nem que seja só um pouquinho, aqueles que teimam em fazer vista grossa à situação do Planeta Terra.





Da próxima vez, sugiro que o encontro seja marcado para a costa da Louisiana para que os líderes mundiais possam relaxar e se banharem nas oleosoas águas do mar do Golfo "batizadas"pela British Petrolium.








Intercâmbio cultural de estudantes brasileiros no Japão

Por Bárbara Vidal

Em janeiro de 2011, estudantes atendidos pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) irão ao Japão para integrar um intercâmbio cultural promovido pelo governo japonês.

O programa chama-se “Ship for World Youth”, que pode significar navegando pela juventude mundial – em tradução livre – e ele contará com a participação de 300 jovens brasileiros, do Japão e de outros 11 países convidados.

Já em sua 23ª edição, o programa criado em 1988, tem a sexta participação do Brasil. Em edições anteriores a seleção dos jovens brasileiros havia sido feita por universidades federais. No entanto, este ano, por decisão do Ministro da Educação, Fernando Haddad, a seleção foi de universitários vinculados ao ProUni, realizada pelo MEC entre os estudantes do curso de Ciências Sociais com as melhores notas no Exame nacional do Ensino Médio (Enem) de 2008, e que declararam falar inglês fluente – habilidade exigida pelo Programa.

Seu objetivo é desenvolver a cooperação internacional e as relações interpessoais dos jovens, com idade entre 19 e 29 anos, visando também a melhora na capacidade de liderança de cada um deles. Com duração de 51 dias, com início em janeiro, o programa contará com a participação dos jovens em diversas atividades em um cruzeiro marítimo, com visitas a cidades turísticas e atividades em terra nas cidades de Nagasaki, Naha, Tóquio e Yokohama.

Antes da viagem, os universitários entram em treinamento sobre o programa e participam de seminários sobre a cultura japonesa.

2010-12-06

Natal Consumista



Que o fim do ano é a época universal das compras, não é segredo para ninguém. Lojas e marcas utilizam do clichê de presentear quem se ama e levar o espírito natalino para o coração, para convencer todos de que comprar é o melhor remédio. E então, famílias e mais famílias, impulsionadas pelo bônus do décimo terceiro salário do ano, correm para os shoppings e deixam-se levar pela publicidade e pelos crediários, comprando quase que megalomaniacamemte.


Essa vontade exacerbada de querer consumir apesar de aumentar cada dia mais – hoje em dia, mais de 25% do que a Terra pode renovar - não vem de hoje. A relação dinheiro – felicidade há tempos é a garota propaganda do consumismo e leva pessoas de diversas idades e níveis sociais a associarem a qualidade do natal com a generosidade do Papai Noel. O bom velhinho mesmo, é uma grande vítima da publicidade.


Existe um mito muito antigo de que, em épocas passadas, o senhor barbudo e bonachão se vestia de uma maneira diferente. Suas roupas, um pouco menos feitas para o inverno, vinham nas cores verde e branco, com um cinto preto. O que aconteceu foi que, a Coca-Cola, em campanha a seus produtos, idealizou um Papai Noel vermelho e branco, combinando com suas cores padrões. Devido a baixa venda que a empresa tinha em épocas frias, a jogada de marketing não teria erro: no inverno norte-americano, o ícone do natal viria acompanhando uma garrafa de Coca, em belas propagandas. Existe ainda um outro mito de que o novo visual do velhinho foi criado pelo cartunista Tomas Nast, porém não restam dúvidas de que a Coca-Cola ajudou a difundi-lo mundialmente.


E já que estamos num mundo em que até as festas religiosas andam dominadas pelo comércio, nada mais útil do que aprender a não se deixar levar tão fácil. O Instituto Akatu, difusor de idéias sobre sustentabilidade, se preocupou com o natal dessa crescente mania de ser feliz adquirindo e criou um site, dando dicas de como praticar um consumo consciente nessa época do ano. Idéias como planejamento prévio de compras, confecção caseira dos presentes e negação à pirataria são incentivadas no site, além de textos sobre como evitar o desperdício de energia e o reaproveitamento de enfeites. A peocupação agora não é mais com as dívidas que cada pessoa pode adiquirir para si, mas com um mal coletivo. O Planeta Terra também sofre, e seus problemas podem ir muito além do ano que ainda nem começou.


por Gabriela Doninho