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2010-11-29

Reforma Verde



 Estamos carecas de saber que pensamento ecológico não é o forte do brasileiro. Fico me questionando, na realidade, qual seria o motivo de tamanho desleixo com nossas cidades. Afinal, a primeira coisa que deveríamos fazer seria nos preocupar com nosso tão rico meio ambiente e levantar a bandeira verde para cuidar de nosso país.

 Todos os dias nas ruas de São Paulo a coisa mais fácil que há é se deparar com atitudes que vão contra qualquer mínima noção não apenas de ecologia como de pura cidadania. É claro que jogar um papel na rua, mesmo com uma lixeira a menos de 5 metros de distância, é muito mais rápido e fácil, sempre com a lei do mínimo esforço prevalecendo.

 Este exemplo, sem dúvidas, é o mais simples e corriqueiro. Porém existem inúmeros outros tão graves quanto que nos deparamos todos os dias e na maioria das vezes nem paramos para pensar no que está acontecendo. Tentar economizar água, reciclar o lixo e sair de carro o menos possível são coisas que nem ao menos passam pela cabeça de muitos.

 A questão é: qual o real motivo de tanta falta de sensibilidade? Para mim, tudo deve começar, lógico, em casa. Mas como isso não acontece, o mínimo seria começar dentro das salas de aula, em todas as escolas brasileiras. O problema é que esta noção de educação ecológica é esquecida até nas escolas conceituadas como “nota 10”.


 Na minha própria educação escolar, me lembro de poucas vezes em que me passaram problemas ecológicos ou que algum professor tenha trabalhado algo como “cuide do meio ambiente”. Passaram sim, claro, mas não do jeito que deveria ser feito. Parecia mais algo superficial, de segundo plano. Matemática sempre foi mais importante.


 É chegado o momento de se haver nesse país uma verdadeira virada de mesa, uma reversão completa de valores vigentes. Está mais do que na hora dos nossos governantes elaborarem um abrangente plano sócio-educativo, que abarque diversos setores da sociedade civil de forma a realizar essa importante tomada de consciência. No capitalismo globalizado a mudança deve ser rápida e abrangente, indo das escolas públicas e privadas até verdadeiros mutirões de informação e conscientização. Chega de ensinar matérias herméticas da ciência clássica para nossas crédulas crianças. Devemos relacionar o aprendizado sempre aos temas ambientais, de forma a dotá-lo de sentido prático, e assim começarmos a construir a nossa sociedade que queremos no futuro, que é, cada vez mais, uma sociedade justa, igual, e – sobretudo – verde !


Aline Aurili, Cora Rodrigues, Marília Marrafon e Marina Ribeiro

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