twitter / colabo21

2010-12-10

30 anos de morte, 30 anos revivendo-o


Por Silvia Kiefer


Amanhã se encerra a semana que completou 30 anos da morte de um dos mais polêmicos e complexos artistas da modernidade. John Lennon, fundador da maior banda de rock de todos os tempos, foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, pelo fã ao qual deu seu último autógrafo e o qual declarou que nunca mais seria esquecido após acabar, precocemente, com a vida do músico que se tornou o ícone da luta pela paz, durante a Guerra do Vietnã, e pela justiça social.


Ativista político, foi perseguido pela CIA por um longo período. Era fonte de preocupação do presidente Nixon que temia as consequências que as atitudes de Lennon poderiam trazer para a imagem de seu governo. Nesta época, John fez ecoar pelo mundo o refrão de Give Peace a Chance ( http://www.youtube.com/watch?v=acb15JsCGSk ), que incomodou bastante os líderes da guerra. O "soldado da paz", que se apresentou no lendário concerto de 1972, em Madison Square, Nova York, deixou uma legião de fãs que, junto com ele, tinham esperanças de construir um mundo melhor.

John Lennon se engajou mais intensamente quando se uiniu à Yoko Ono, a artista plática japonesa que foi o grande amor de sua vida e que realizou, ao seu lado, além da busca pela fama na convivência com os Beatles, grandes composições e protestos por uma sociedade igualitária. O relacionamento do casal foi tão intenso e a obsessão de John pela mulher, tamanha, que atrapalhou, ainda mais, o compromisso do artista com a sua banda, o que já não caminhava bem há algum tempo, e fez com que ele inserisse, em seu sobrenome, o da esposa, tornando-se John Ono Lennon. "Eu comecei a banda, eu acabei com ela. É simples assim. Quando afinal tive culhões para dizer aos outros três... Eles sabiam que era pra valer. Sem dúvida me senti culpado por avisá-los de modo tão abrupto. Afinal, eu tinha Yoko; eles tinham apenas uns aos outros".

Mesmo depois do fim dos Beatles, John continuou tendo sucesso e mostrando a qualidade de suas produções, que envolviam sentimento próprios, amor, angústias, tristezas e traumas familiares, como Mamma Don't Go e Daddy Come Home. A infância do músico de Liverpool foi bastante conturbada, pois envolveu o seu abandono pelo pai, a morta da mãe e a descrença da tia no potencial do garoto. Os momentos de desabafo ao compôr definiram o caráter de Lennon como narcisista. Característica esta, que se opôs ao estilo de Paul McCartney que era mais subjetivo e não necessariamente falava de si ao produzir suas canções.

Frente ao sofrimento pelo qual passou John, e frente a tantos questionamentos que fazia, procurou respostas em tudo. Foi seguidor de gurus, usou todos os tipos de drogas e, em suas músicas, propôs alternativas a um mundo que, em sua cabeça estava "de pernas para o ar". A famos Imagine (http://www.youtube.com/watch?v=-b7qaSxuZUg&feature=list ) é um grande exemplo disso.

O ex-Beatle, que comemorou nesta quarta feira seu 30º aniversário de grandes memórias, ganha cada vez mais fãs, e de todas as idades. Seu legado é inconfundível, inesquecível, e um dos principais, se não for o principal, marcante dos movimentos de contra-cultura da segunda metado do século XX.

O site da revista BRAVO! ( www.bravonline.com.br ) está com um "especial John Lennon" dentre seus assuntos recentes, em função da revista dedicada ao artista, que foi publicada em novembro. Vale à pena conferir e assitir aos vídeos da história do artista em todas as fases da sua carreira.



Nenhum comentário:

Postar um comentário