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2010-11-09

Nota zero!



Educação e Cultura


Fim de ano, época de vestibular. Os adolescentes e jovens que estão nessa fase passam por um período de grande nervosismo. E o que fazer se uma das provas para as quais você veio se preparando o ano todo (alguns há mais de um ano) é razão de uma das maiores confusões do momento?

Falhas de impressão, erro no gabarito, problemas de
português e um possível vazamento do tema da redação fazem com que o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) seja o centro de uma grande discussão sobre anulação da prova e sobre a seriedade do exame. Os erros foram assumidos pela gráfica RR Donnelley, que se defende, dizendo que o número de provas incorretas estava dentro do normal.

O exame surgiu como avaliação Institucional externa ,em 1998, durante o governo FHC, para aferir a qualidade do ensino médio. Com o tempo ganhou mais importância e prestígio e, em 2004 durante o governo Lula, se tornou também método de concessão de bolsas do ProUni e passaporte para faculdades federais.

O caos com as provas dos dias 06 e 07 de novembro foi tamanho e a reação dos estudantes tão grande, que o MEC chegou a dizer em seu Twitter oficial que as publicações na Internet estavam sendo monitoradas e o Inep poderia processar alunos que “tumultuassem” com mensagens em redes sociais.

Os estudantes gastaram um final de semana inteiro dentro de salas de aula e saíram cheios de dúvidas e preocupações. Agora eles aguardam ansiosamente que a Justiça decida o que será feito a respeito do exame. Como querer impedir que eles expressem o estresse pelo qual estão passando e as incertezas quanto a seus futuros?

Toda essa confusão nos faz questionar a credibilidade deste exame que custou mais de R$60 milhões aos cofres públicos e envolveu mais de 4,6 milhões de pessoas. Com o fracasso da avaliação do Ensino Médio pensamos também no fracasso do ensino brasileiro. Entre as 10 primeiras escolas no ranking de melhores notas do ENEM apenas uma é pública; entre as 50 piores, nenhuma é privada.


Não foi a primeira vez que a realização do exame deu problemas. Em 2009 o exame foi adiado depois que descobriram um vazamento nas provas por falta de segurança na gráfica que fez a impressão (a Plural) e a primeira versão do gabarito veiculada continha erros.

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